quinta-feira, 1 de abril de 2010

Dona Flor e Seus Três Maridos

Não era mentira, nem hipocrisia, muito menos maldade.
Não era falso, desleal ou (só) por sacanagem.
Ela não estava de brincadeira, nem de bobeira.
Ela os amava de forma diferente, mas com a mesma intensidade.

O amor, o encanto e a vida real.
Como o amor acaba e o encanto nem existe, a sua primeira opção foi a vida real.
Largou tudo, saiu correndo e se jogou em uma vida repleta de altos e baixos e baixos e baixos, até que o amor voltou e ela percebeu que o encanto nunca se foi.
Foi então para o encanto, acreditando que quem não existia era o amor e que a vida real, por si só, era um saco.
Mas o encanto saiu, o amor prevaleceu e a vida real ficou de lado.
A única maneira que restava tentar era largar tudo pelo amor, e só por ele viver. Mas ela tinha tanto medo que optou por ter todos e não ter nenhum. Optou por fazer de três, um homem perfeito, o seu homem perfeito. Escolheu ter alguém mas continuar sozinha, mesmo não querendo nada disso.

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